HISTÓRIA | Yule: as raízes vikings do Natal


O que a cultura viking tem a ver com as nossas tradições de Natal?

O Natal é uma celebração milenar. Hoje, a festa comemora o nascimento de Jesus, porém muitas de suas tradições já existiam muito antes de Cristo. Aqui no blog você pode ler um texto sobre a Saturnália, um festival romano ao deus Saturno que originalmente era comemorada entre os dias 17 a 23 de dezembro. Agora vamos para um outro povo, uma outra cultura que traz em suas práticas uma festividade semelhante ao nosso Natal.

Abaixo você pode ler um texto escrito por Neil Bagot para o site Viking Slots:

Você pode ser perdoado por pensar que o Natal é um festival cristão. Afinal, é bem óbvio, pelo motivo do feriado, que ele vem do cristianismo. Mas não é bem assim, o Natal moderno é bem mais próximo da festividade viking, Yule.

As culturas antigas possuíam conhecimentos sobre as estações do ano e quais períodos eram melhores para colher e até para guerrear. Tanto os romanos quantos os vikings tiveram festivais baseados no ciclo das estações, juntamente com a maioria das outras culturas também.

A ideia de um festival no meio do inverso para comemorar o fato de que, a partir daqui, as coisas ficariam mais leve e mais quente, não era exclusivo de qualquer cultura, mas a versão viking é muito semelhante ao nosso natal.

Na verdade, há fortes evidências de que os cristãos adotaram muitos festivais pagãos, não apenas o Natal, para facilitar a transição das pessoas para a nova religião. O Yule começava no dia 21 de dezembro e durava 12 dias.


A árvore de Natal

As árvores verdes das florestas escandinavas eram um poderoso símbolo da vida para os vikings. Quando todas as outras árvores e plantas pareciam estar mortas no meio do inverno, as árvores verdes sempre pareciam saudáveis.

Para os vikings, essas árvores representavam a promessa de vida que, mesmo no meio do inverno, na morte do ano, ainda possuíam sementes para começar o novo ciclo.

Como as árvores verdes eram tão reverenciadas, no Yule, elas eram decoradas com pequenas esculturas e presentes para os espíritos das árvores e das plantas para encorajá-los a voltar em breve trazendo a primavera.


Decorar árvores não é uma prática que terminou com os vikings, porém, através de seus descendentes germânicos, esse ritual espalhou-se para a Inglaterra, para a América e para o resto do mundo.

A roda do sol

Os vikings usavam folhas de azevinho e bagas para fazer coroas circulares que seriam usadas para decorar suas casas durante o Yule. Eram usadas plantas perenes que continuavam a crescer durante o inverno, por isso representava a vida contínua assim como as árvores decoradas.

Usando uma planta perene para fazer a coroa de flores significava que a vida existia todo ano. Eram um símbolo poderoso e reconfortante durante as longas noites de escuridão. A coroa de avezinho é uma promessa de dias mais quentes.


Papai Noel era Odin!?

Claro que não. No final da festividade de Yule, as crianças vikings deixavam uma bota cheia de palha no meio da casa para que o cavalo de oito pernas de Odin, Sleipnir, em troca enchesse as botas com brinquedos e doces. Ah, Odin também era senhor de Alfheim, a terra dos elfos.

Agora pense, um homem barbudo que mora em algum lugar do norte gelado, com um exército de elfos ajudantes, preenchendo calçados com presentes para crianças no final do festival de inverno.


O tempo mais maravilhoso do ano!

Os vikings gostavam de se divertir tanto quanto qualquer outro povo, e o Yule era um momento de diversão. Doze dias de festejos e de bebidas eram suficientes para testar a resistência do mais resistente guerreiro viking.

Yule oferecia uma chance rara nos meses de inverno para grandes encontros, competições, jogos e planos para o verão. Uma grande diversão combinada com uma grande quantidade de jogos, comida e bebidas, além claro de falar sobre o futuro.

Comentários