História | Poderia uma mulher torna-se um "cavaleiro" na Idade Média?



Geralmente associamos a imagem dos cavaleiros medievais a figuras masculinas, mas a história nos brinda com suas exceções e nos faz repensar sobre aquilo que tínhamos como "verdade absoluta".

De forma usual, os cavaleiros medievais deveriam ser homens que tinham treinado para guerra desde uma idade precoce, porém a situação para isso não é muito clara.

Qualquer homem que tinha terra suficiente para arcar com os custos das armas e armaduras, que podia dispor de tempo para se ausentar de suas propriedades e se juntar ao exército era um forte candidato a se tornar um cavaleiro. Bastava ele aparecer em qualquer grupamento militar, montado e armado, trazendo uma comitiva de homens armados ou arqueiros.

O rei esperava que os cavaleiros mantivessem a ordem e a lei, assim como garantir que os impostos fossem pagos e mantivessem as vias de acesso, como estradas e rios, utilizáveis.

Quando um cavaleiro morria, suas terras poderia passar para sua mulher ou filha que eram instituídas por direito. Na Inglaterra, o título de "Lady" era geralmente dado a uma mulher, mas na França, Toscana e Romagna, elas recebiam o título masculino.

Em 1358, as mulheres finalmente ganharam aceitação cavalheiresca na Inglaterra e passaram a ser admitidas nas ordens de cavalaria  - embora fossem chamadas de "damas" e não "cavaleiros".

Caso lhe falte exemplos de mulheres "cavaleiros", lembre de Joana D'Arc que comandou os exércitos francese do rei Carlos VII durante a Guerra dos Cem anos.

Joana D'Arc

Esse texto foi traduzido e adaptado do original Could a woman become a knight in medieval times? escrito por Rupert Matthews.

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