"The Americans" - O inimigo dentro de casa.
No início dos anos 1980, Phillip Jennings (Matthew
Rhys) e Elizabeth Jennings (Keri Russell) formam um típico casal americano
levando uma vida pacata com os filhos em um bairro residencial nos Estados
Unidos. No entanto, todo esse “estilo de vida norte-americano” serve de fachada
ao casal, pois na verdade tanto Phillip quanto Elizabeth são soviéticos,
agentes da KGB infiltrados nos Estados Unidos desde 1960 com a missão de
coletar informações na casa do inimigo.
O clima de tensão e desconfiança não poderia ser
diferente em “The Americans”, série criada por Joe Weisberg, ambientada durante
a Guerra Fria no início da década de 80, período de grande tensão entre a União
Soviética e os Estados Unidos. E essa ambientação histórica é o grande diferenciador
em relação a outras séries do gênero espionagem como “Homeland” e “Nikita”.
Além de toda trama criada a partir da tensão da época,
Phillip e Elizabeth ainda tem que lidar com a estranha relação não definida
entre os dois. Apesar de formarem uma família e passarem anos convivendo
juntos, o casal não forma uma unidade sólida. Enquanto Phillip parece querer
seguir adiante e tentar ter uma vida normal, Elizabeth se mostra mais presa a
causa soviética e capaz de tudo para cumprir toda missão dada. A tensão entre o casal aumenta quando o novo vizinho é um agente do FBI.
Em seus primeiros episódios, a série explora bem o
clima de época, seja na ambientação, no figurino ou na trilha sonora. Mesmo
sendo um produto americano, “The Americans” não abraça clichês e tão pouco faz
propaganda doméstica. Os personagens soviéticos são bem retratados em seus
conflitos ganhando verossimilhança ao não serem representandos como caricaturas.
“The Americans” é uma boa série para quem gosta de
tramas ambientadas na Guerra Fria abordando principalmente as ações de
espionagem e o tenso clima entre as duas principais potencias da época que
tinham nas mãos a destino da humanidade.
Comentários
Postar um comentário