NOTÍCIA: A MONTANHA

PRODUÇÃO NACIONAL RELATA PARTICIPAÇÃO DOS BRASILEIROS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Chega em breve aos cinemas brasileiros o filme "A Montanha", dirigido pelo carioca Vicente Ferraz (“Soy Cuba”). O filme – uma superprodução, com um orçamento girando em 8 milhões de dólares – é baseado em fatos reais e conta a história sobre a participação de um grupo de soldados brasileiros da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Segunda Guerra Mundial. Cercado por uma enorme expectativa (público e crítica), “A Montanha” encaixa-se, claro, do gênero de “filme de guerra”. Mas seu enredo aparenta transbordar a narrativa e o argumento clássico desta classificação. No Sopé do Monte Castelo, na Itália, uma esquadra de caçadores de minas da FEB sofre um ataque de pânico e acaba se perdendo em plena “Terra de Ninguém” (zona deserta no front de guerra). Desesperados, com frio, fome e sede, os Pracinhas têm de optar por enfrentar a corte marcial ou encarar novamente o inimigo. Então, os remanescentes do grupo decidem rumar para outro ousado objetivo militar: desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, acabam encontrando um Partigiano arrependido e um oficial alemão cansado da guerra. Com a inesperada ajuda do ex-inimigo alemão, os Pracinhas vão tentar realizar uma missão até então considerada impossível.

O Brasil foi o único país latino-americano a enviar tropas para a Segunda Guerra Mundial. No total, foram enviados mais de 25 mil soldados à Itália, um grupo que ficou conhecido como “Força Expedicionária Brasileira”. Esses soldados permaneceram ininterruptamente 239 dias em combate. E participaram de diversos combates importantes, em terra e no ar. Entre as principais vitórias dos militares brasileiros no teatro de guerra europeu estão Massarosa, Monte Acuto, Barga, Montese, Fornovo di Taro e a mais famosa de todas: Monte Castelo. No pós-guerra, a participação dos “pracinhas” na guerra foi bastante contestada e até mesmo silenciada pela historiografia e pela classe política. Nas últimas décadas, no entanto, o tema passou a ser objeto de estudo acadêmico. E nas telas do cinema, os soldados brasileiros já foram tema de documentários importantes, como “Senta a Pua!”, de Erick de Castro. Mas nunca havia sido produzido uma ficção de longa-metragem. “A Montanha” – filmado no primeiro trimestre de 2011 – vem ocupar, não sem algum atraso, essa lacuna na cinematografia brasileira.

 
Orçado em 8 milhões de reais – o que significa uma grande quantia para um filme brasileiro – “A Montanha” traz Daniel de Oliveira (“Cazuza”) no papel principal, além dos atores Júlio Andrade, Ivo Canelas, Sergio Rubini, Richard Sammel, Thogun Teixeira e Francisco Gaspar. O diretor, Vicente Ferraz, sublinha que o seu filme difere um pouco dos demais do gênero:

- “A Montanha” não é um típico filme de guerra. É a história de brasileiros, italianos e alemães que se encontram durante o maior conflito do século XX. E nesse inusitado encontro mostra que, mesmo durante a guerra, os aspectos humanos podem sobreviver.

“A Montanha” está em fase de pós-produção e a previsão é que chegue aos cinemas brasileiros ainda em 2012. Para quem quiser ir conhecendo um pouco melhor o filme, pode acessar o seu blog oficial ou baixar um excelente material de divulgação da “Três Mundos” e da “Primo Filmes”, responsáveis pela produção do longa. Neste material (formato em PDF), é possível ler mais sobre o enredo do filme e curtir a história e as imagens de todos os soldados que são retratados nas telas.

FONTE: Café História.










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