Casablanca


Indiscutivelmente Casablanca (1942) é um dos maiores clássicos da história do cinema e até hoje é um filme que arrebata uma multidão de fãs. Mas além de uma excelente história de amor, Casablanca nos permite viajar no tempo e experimentar os conflitos e as tensões da Segunda Guerra Mundial. O filme apresenta pontos pouco explorados na sala de aula que falaremos abaixo.

Em relação a história do cinema, Casablanca é de um período bem promissor. A década de 40 nos proporcionou filmes como O Mágico de Oz, Cidadão Kane e o Tesouro de Sierra Maestra. Além do glamour das estrelas e das grandes companhias cinematográficas, há de ressaltar a qualidade das histórias e os roteiro inteligentes.


Antes de nos aprofundarmos nos pontos de discussão histórica vamos conhecer um pouco do filme. Segundo a sinopse:

Casablanca: fácil de entrar, mas muito difícil para sair, especialmente se o seu nome estiver na lista dos mais procurados pelos nazistas. No topo desta lista está o líder da resistência Tcheca, Victor Laszlo (Paul Henreid), cuja única esperança é Rick Blaine (Humprey Bogart), um americano cínico que não arrisca seu pescoço por ninguém... especialmente pela mulher de Laszlo, Ilsa (Ingrid Bergman), sua ex-amante que partiu seu coração. Então, quando Ilsa oferece a si mesma em troca de um transporte  seguro para que Laszlo deixe o país, o amargo Rick deve decidir o que é mais importante - sua própria felicidade ou as intocáveis vidas que estão em jogo.

Casablanca ainda arrecadou três Oscars (melhor filme, diretor e roteiro). O filme é baseado na peça teatral de Murray Burnett e Joan Alison.

Conforme aponta João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela PUC-SP, Casablanca nos permite o contato com a cultura arábe do norte da África. Essa ponto é representativo, pois pouco é explorado a guerra na África nas salas de aula. Vamos discutir alguns pontos então: um deles é a anexação da França pelos nazistas. De fato a ocupação alemã em 1940 representou o auge das conquistas territoriais nazistas na Europa. A França ficou dividida em duas partes: o norte, incluindo Paris, sob o controle alemão; e o sul, com capital na cidade de Vichy, governado por franceses pró-nazistas. Aqui é interessante discutir como foi o apoio colaboracionista francês comandado por Petáin e também o papel da Resistência Francesa liderada pelo General Charles de Gaulle. Fica aí a dica para os professores.

Nesse sentido onde 70% do território francês está ocupado pelos alemães, qual é o papel desempenhado pelas colônias francesas? Aqui temos um ponto muito interessante. Diferentemente dos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial - principalmente os feitos após o conflito - Casablanca não se passa na Europa, mas sim na colônia francesa do Marrocos. Dessa forma é interessante se discutir qual o interesse alemão no norte da África; opurtunidade para se falar da Operação Tortch e do Afrikakorps, operações sob o comando do marechal-de-campo Erwin Rommel.

Bom, voltando ao assunto das colônias, de acordo com o armísticio franco-germânico, as colônias francesas do norte da África poderiam ser mantidas, assim como sua esquadra naval. Por isso no filme as autoridades francesas usufruiam de uma certa autonomia, apesar de estarem sob os olhos vigiosos dos alemães. Destaca-se, no filme, o papel do chefe de polícia Louis Renault (Claude Rains), que procura agradar o comandante alemão Heinrich Strasser (Conrad Veidt).

BIBLIOGRAFIA:
MACHADO, João Luís de Almeida. Casablanca, muito mais que um filme. Site: Planeta Educação. http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=170
Revista História Viva n° 57. Julho.
Grandes Batalhas da 2ª Guerra Mundial. A Maior Guerra da História. Editora Escala.

título original:Casablanca 
gênero:Drama 
duração:01 hs 43 min 
ano de lançamento:1942 
site oficial: 
estúdio:Warner Bros. 
distribuidora:Warner Bros. / Metro-Goldwyn-Mayer 
direção: Michael Curtiz 
roteiro:Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch, baseado em peça de Murray Burnett e Joan Alison 
produção:Hal B. Wallis 
música:M.K. Jerome, Jack Scholl e Max Steiner 
fotografia:Arthur Edeson

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